O 1º Salão Internacional de Humor de Curitiba resgata a tradição dos grandes salões de humor pelo Brasil e pelo mundo, Devolvendo à “cidade sorriso” um espaço para rir com profundidade, Pensar com leveza e provocar com empatia.
Mais do que um evento artístico, este salão é um convite. Um chamado para que cartunistas, chargistas, caricaturistas e artistas gráficos do mundo todo se expressem com liberdade e consciência sobre temas sociais, filosóficos e de saúde.
Rir com ética, pensar com coragem
Este salão não busca piadas fáceis. Ele busca olhares afiados, inteligentes e compassivos sobre o que é ser humano em sua complexidade.
O humor pode ser ágil como uma navalha e acolhedor como um abraço. Ele pode zombar e iluminar. Pode criticar e curar.
Por isso, convidamos você, artista do traço, a mergulhar nesse tema com ousadia, ética e liberdade.
Desenhe o que poucos têm coragem de dizer. Dê forma ao invisível. Ria do absurdo, mas nunca da dor.
Porque o humor, quando bem usado, não fecha feridas. Ele abre diálogos.
Tema principal
A escolha do tema não é aleatória. Ela é necessária. Em tempos em que a saúde mental emerge como uma das questões mais urgentes da sociedade, o humor pode ser uma ferramenta poderosa de desmistificação, acolhimento e reflexão.
O transtorno bipolar é um desafio invisível para muitos e profundamente real para quem vive com ele.
Caracteriza-se por oscilações intensas entre dois polos emocionais: a euforia e a depressão.
Essas mudanças vão muito além de uma “variação de humor comum”. Elas impactam profundamente o dia a dia, os relacionamentos e a vida interior de quem convive com o transtorno.
Na outra ponta dessa montanha-russa emocional está a depressão bipolar: profunda, silenciosa e paralisante. Ela não se parece com uma simples “tristeza”. É um cansaço existencial que afeta o corpo, a mente e a vontade de viver.
Durante essa fase, a pessoa pode se isolar, perder o interesse por atividades que antes gostava, sentir-se inútil, culpada e sem energia até para tarefas simples. A concentração fica prejudicada, o apetite e o sono mudam, e pensamentos negativos, muitas vezes autodestrutivos, podem surgir. E o pior: é comum que essa dor passe despercebida por quem está de fora.
O episódio de euforia, conhecido clinicamente como episódio maníaco ou hipomaníaco, pode parecer, à primeira vista, algo positivo. A pessoa parece estar “no auge”, cheia de ideias, energia, carisma e entusiasmo. Mas por trás dessa aparência vibrante, existe um desequilíbrio que pode ser exaustivo e até perigoso.
Nessa fase, a pessoa fala muito, pensa rápido demais, dorme pouco (ou quase nada) e sente uma urgência constante de realizar vários projetos ao mesmo tempo. Ela se torna impulsiva, compra sem pensar, assume riscos desnecessários, tem comportamentos temerários e, às vezes, age de forma inconveniente ou desconectada da realidade. Pode parecer uma “criatividade descontrolada”, mas muitas vezes é um estado de sofrimento invisível.
O humor é uma ferramenta poderosa. Ele pode ferir, mas também pode curar. Pode zombar, mas também pode humanizar.
Este salão convida artistas a usarem o traço, a ironia e a criatividade para jogar luz sobre a experiência bipolar, desmistificar o sofrimento psíquico e contribuir para o fim do estigma em torno da saúde mental.
Ao longo da história, muitas figuras públicas e artistas geniais deixaram marcas profundas no mundo enquanto lidavam com desafios emocionais intensos. Entre elas, estão nomes como Vincent van Gogh, Jackson Pollock, Edgar Allan Poe, Mariah Carey, Ben Stiller, Kurt Cobain e Buzz Aldrin. Embora nem todos tenham sido formalmente diagnosticados em vida, há relatos, estudos e biografias que sugerem que essas personalidades viveram experiências compatíveis com o transtorno bipolar.
Essa condição, marcada por oscilações entre estados de euforia extrema e episódios de depressão profunda, parece ter se entrelaçado com os caminhos criativos, filosóficos e até científicos dessas pessoas. Van Gogh pintava compulsivamente durante suas fases de agitação emocional e depois mergulhava em períodos de completo isolamento. Poe transformava suas angústias em prosa sombria e lírica. Kurt Cobain canalizava sua instabilidade em composições brutais e poéticas. Mariah Carey, já diagnosticada, falou publicamente sobre a luta para equilibrar a vida emocional com o sucesso e a pressão midiática.
Essas histórias não romantizam o sofrimento, mas revelam a complexidade do ser humano e a conexão profunda entre emoção, expressão e criação artística. Entender que pessoas tão talentosas também enfrentaram abismos interiores nos ajuda a olhar para o transtorno bipolar com mais empatia e menos julgamento.
Neste Salão de Humor, o convite é para que artistas usem o traço como ferramenta de reflexão. Que a arte possa abrir espaço para o diálogo, para o acolhimento e para a valorização das mentes que criam, mesmo em meio ao caos. Afinal, o humor pode ser uma forma poderosa de traduzir o que a dor, às vezes, não consegue dizer.
Lá você encontrará todas as informações sobre as categorias em que pode participar, o número de obras permitidas, os formatos aceitos e outros detalhes técnicos importantes.
Este Salão valoriza a criatividade autêntica, o traço manual, o olhar crítico e a inteligência sensível de cada artista. Por isso, obras criadas com o uso de inteligência artificial não serão aceitas.
Trabalhos que apresentarem sinais de geração por IA serão automaticamente desclassificados pelo júri, conforme os critérios estabelecidos no regulamento.
Tema principal
Bipolaridade
O cartum é o desenho de humor por excelência: autoral, criativo e muitas vezes ácido. Mas também pode ser compassivo, crítico, reflexivo ou inclusivo.
É uma forma de expressão atemporal, ou seja, seu tema não está preso a um período histórico ou local específico. Por isso, um bom cartum é compreendido por diferentes gerações e culturas ao redor do mundo. Ele provoca o riso com inteligência e convida à reflexão sem dizer uma palavra sequer.
Tema principal:
Bipolaridade
A caricatura é a arte de escancarar, com traço afiado e expressivo, os traços físicos e psicológicos de uma figura pública.
É um retrato exagerado que brinca com o ridículo, flerta com o escárnio e, ao mesmo tempo, revela a essência do retratado. É o exagero como forma de homenagem, crítica ou pura diversão.
Nessa categoria caricaturizar uma celebridade da história que tinha traços de bipolaridade
Figuras públicas
A charge é o humor com data e endereço. Satírica e provocadora, ela retrata figuras públicas em situações atuais normalmente absurdas,
Constrangedoras ou críticas fazendo uso do exagero, da ironia e do deboche.
É um comentário visual direto sobre a política, a sociedade ou os absurdos do cotidiano.
Tema principal
Bipolaridade
A tirinha é uma breve sequência de quadrinhos que conta uma história com início, meio e fim. Tudo isso em poucos quadros e com muito impacto.
Pode ser cômica, filosófica, ácida, inclusiva ou provocadora. Geralmente atemporal e desvinculada de localização específica, a tirinha trabalha com personagens e situações universais, acessíveis a leitores de todas as culturas.
Uma boa tirinha diz muito em pouco — e quase sempre arranca boas risadas.
Ao acessar o link, você encontrará um formulário para preencher seus dados pessoais e bancários. Esses dados serão utilizados para o depósito do prêmio, caso você seja um dos vencedores.
No mesmo formulário, será possível anexar suas obras nas categorias escolhidas, respeitando o formato e a resolução exigidos no regulamento.
Convidado especial:
Alireza Karimi Moghaddam (n. 1975, Irã – vive em Lisboa)
Artista visual, cartunista e ilustrador premiado, é mundialmente reconhecido por dar vida a uma versão fantasiosa e icônica de Vincent van Gogh. Com mestrado em Design Gráfico e premiações internacionais em festivais de cartoon, Alireza mistura sensibilidade artística, literatura visual e força cultural. Sua obra combina elementos da tradição persa, estética pós-impressionista e narrativas poéticas que falam de amor, humanidade e resiliência. Seus perfis nas redes sociais somam mais de 300 mil seguidores, atraídos por seu uso expressivo da cor e seu humor visual inteligente. Sua arte é um convite para refletir sobre vida e criação com beleza e leveza inesperadas.
O Salão de Humor de Curitiba é uma iniciativa do ilustrador, cartunista e professor universitário Laqua, natural de São José dos Campos (SP) e curitibano de coração há mais de 40 anos. Apaixonado pela capital paranaense, Laqua traz com esse Salão uma proposta leve, divertida e inteligente para valorizar a arte do cartum e inserir Curitiba no mapa mundial do humor gráfico.
Com formação acadêmica em duas instituições tradicionais da cidade — graduação em Publicidade e Propaganda pela Universidade Positivo e Licenciatura em Desenho pela EMBAP (Escola de Música e Belas Artes do Paraná) — construiu uma sólida carreira como docente no ensino superior.
São mais de 15 anos de experiência lecionando em cursos como Design Gráfico, Design de Produto, Moda, Fotografia, Artes Visuais e Publicidade em universidades como PUC-PR, Universidade Positivo, Tuiuti, UniCuritiba e ESEEI.
Sua atuação profissional também abrange diversas áreas criativas: já foi chargista de jornal, cartunista, animador de curtas-metragens e filmes publicitários, além de ilustrador de livros infantis.
Laqua é o criador de importantes programas de pós-graduação lato sensu:
Com alma curitibana e espírito universal, Laqua organiza esse Salão para celebrar a arte, o humor e a liberdade criativa, acolhendo artistas de todas as partes do mundo e projetando Curitiba como um novo ponto de encontro da cultura gráfica internacional.
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